segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA DA MEDICINA POPULAR NO BRASIL E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL.


A medicina é a arte de imitar os processos curativos da Natureza
Hipócrates (460 a.c – 380 a.c)

A sustentabilidade ambiental visa à sobrevivência do homem no planeta, tanto agora, no presente, quanto no futuro, com a consciência da utilização dos recursos naturais, a exemplo do uso devido das fontes de energia renováveis em detrimento das não renováveis.
A medicina popular deve ser compreendida como uma série de entendimentos e usos médicos que vão se desenvolvendo dinamicamente baseados no conhecimento empírico, conforme o contexto sócio cultural e econômico intrínseco. Apresenta-se como uma medicina sincrética, envolvendo componentes recebidos dos antepassados, reestruturados e readequados às realidades atuais.

Conhecida também como Medicina Rústica, a Medicina Popular é uma prática tão antiga quanto os primórdios da humanidade. Ainda hoje em dia o uso de remédios feitos com flores, frutos, folhas, raízes e tubérculos de determinadas plantas é muito utilizado no Brasil e cada vez mais tem sido aceito como método alternativo para curar e prevenir doenças e assim proporcionar mais saúde para as pessoas, sobretudo no Brasil urbano, especialmente pela população de baixa renda, que não dispõe de recursos para comprar produtos farmacêuticos. (ALBUQUERQUE, 1994).

Acredita-se que sua origem pode ter sido a observação de como os animais se curavam através das plantas, transformando, ao comer um pedaço de batata da espécie cabeça de negro, por exemplo, como antídoto para o veneno de cobra quando picado ou ao ver como um cachorro cura sua dor de barriga comendo capim. 

Assim acredita-se que o homem primitivo descobriu que algumas plantas curam alguns males.
A medicina popular brasileira pode ser considerada a mais rica e privilegiada se comparada com a de outros países, pois a nossa flora oferece uma demasiada quantidade e qualidade de plantas medicinais que ainda não foram encontradas em nenhum outro lugar. Em contrapartida, toda essa abundância de recurso não nos tem sido benéfica, uma vez que não são estudados e protegidos como deveriam. Um dos grandes fatores que explica esse descaso é a coleta predatória, a destruição e a ambição internacional. (ALBUQUERQUE, 1994).

Quanto à origem, as técnicas utilizadas pelo nosso pajé, bem assim como a do feiticeiro africano e a do bruxo europeu foram misturadas de tal maneira que hoje em dia não se pode com tanta facilidade distinguir o que é puramente indígena, africano ou europeu, resultado dos nossos contatos raciais.

As plantas utilizadas pela medicina popular brasileira há muito despertam o interesse em diversas áreas científicas como botânica, agronomia e bioquímica, onde os cientistas buscam novas substâncias que possam servir no tratamento das patologias que não tem dado muitos resultados satisfatórios com os métodos convencionais. 

Já é conhecida mundialmente a enorme biodiversidade vegetal do Bioma Mata Atlântica, sabendo-se que ali podem ser encontradas muitas espécies de plantas para o uso
medicinal, porém este bioma encontra-se hoje em dia reduzido a 12% da sua formação original.

Nos últimos tempos o conceito de Sustentabilidade tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para satisfazer as necessidades atuais não pode comprometer os interesses das gerações futuras, o que acabou gerando a sustentabilidade ao longo prazo, ou seja, sem tempo definido. O conceito de sustentabilidade é complexo, pois atende a um conjunto de variáveis independentes, assim como as questões sociais, econômicas e ambientais. Pode ser definida ainda, de forma mais atual, como a capacidade do homem interagir com o mundo sem prejudicar sua utilização futura.


Considerações Finais


A construção de uma política de adaptação é indispensável, de modo que a homeóstase que é um conjunto de elementos auto-reguladores de um sistema aberto que permite manter um estado de equilíbrio do meio ambiente e se tornem cada vez mais firmes, na utilização da natureza a favor da vida. O excesso no extrativismo para se adquirir plantas medicinais tem levado a redução de algumas espécies, sendo que ainda são muito procuradas por parte também da população urbana, portanto, é sempre necessário o replantio das mesmas como iniciativa de recuperação das áreas degradadas, visando sempre as características ecológicas e possibilitando ao agricultor a diversificação do produto e a preservação do meio ambiente.



Referências







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